Bora, entender o carrossel borderline de emoções? Segue artigo.
Partindo das emoções, elas têm um papel importante em uma condição a qual chamamos de transtorno de personalidade borderline ou limítrofe. Os transtornos de personalidade são padrões de sentimentos e ações inflexíveis e estáveis muito das expectativas da cultura local e levam a pessoa a muito sofrimento e prejuízo. O DSM lista dez diferentes transtornos de personalidade que são organizados em grupos e entre esses transtornos está o transtorno de personalidade de borderline. Suas principais características são: uma grande instabilidade nas emoções, relações, comportamentos e autoimagem. Pessoas com esse diagnóstico podem ter reações extremas diante da possibilidade de ser abandonada, mudar de maneira rápida e extrema suas emoções e agir de maneira muito impulsiva em diferentes contextos. Também é comum que tenha sentimentos frequentes de vazio, tédio, além de ameaças e tentativas de suicídio e automutilação. Em situações de muito estresse, é possível que a pessoa tenha e dê ação paranoide, ou seja, comece a desconfiar exageradamente de pessoas ou sintomas dissociativos, como perder o contato com a realidade. Como pessoas com esse diagnóstico vivenciam emoções muito intensas e instáveis, qualquer sinal de possível abandono pode levar a pessoa a sentimentos incontroláveis de raiva e se comportar agressivamente.
Muitos confundem com o transtorno bipolar, mas a principal diferença é que as mudanças nas emoções são mais rápidas no borderline. Uma mudança emocional pode durar semanas ou meses no transtorno bipolar. Enquanto no borderline podem ocorrer várias mudanças emocionais em um único dia. O borderline tem maior chance de se ater e relacionar com o abuso no uso de drogas, comportamentos impulsivos, perigosos e suicidas. É comum que os sintomas de borderline surjam na adolescência ou no início da fase adulta, perdurando estáveis ao longo da vida. Por isso, a pessoa costuma ter sua vida afetiva, profissional e social prejudicada de maneira prolongada.
Quanto aos fatores desencadeadores, são diversos. Parentes de alguém com diagnóstico de borderline tem cerca de cinco vezes mais chance também desenvolver o transtorno do que a população em geral. Uma infância que envolva alguma forma constante de abuso, negligência, experiências estressantes ou instabilidade familiar também se relacionam com maiores chances de desenvolver os sintomas. Pessoas com esse transtorno tendem a possuir um volume menor de certas partes do cérebro, como a amígdala e o hipocampo. Duas áreas que se relacionam bastante com a regulação nas emoções. O hipocampo é importante no controle da agressividade e impulsividade. Já a área do córtex órbito frontal se relaciona com a percepção de emoções, empatia, avaliação de consequências das próprias ações na aprendizagem e no controle de comportamentos socialmente adequados. Cientificamente falando, acredita-se que conhecer mais sobre a estrutura de funcionamento do cérebro seja importante para entender melhor esse transtorno. Diferentes tipos de tratamento foram desenvolvidos para ajudar pessoas com esse diagnóstico a viver suas vidas de maneira mais satisfatória e funcional. Nas opções de tratamento, assim como é o caso de praticamente todos os transtornos mentais, podem aderir medicações, psicoterapia, intervenções com a família, dentre outras alternativas complementares.
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