O TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento. É caracterizado pela tríade clássica: desatenção, hiperatividade e impulsividade. O quadro gera dificuldades e prejuízos na vida acadêmica, social e emocional.
O TDAH apresenta causas genéticas e com isso é frequente a hereditariedade. Estudos mostram regiões do cérebro mais afetadas, como o corpo caloso, córtex frontal, cerebelo e amígdala. Há uma hipótese de desregulação dopaminérgica, mas outros neurotransmissores podem estar envolvidos, como a serotonina e noradrenalina). Com isso, o funcionamento cerebral fica alterado de forma complexa.
No TDAH podemos encontrar características como distração, comportamento desorganizado, falta de atenção a detalhes, esquecimento, agitação motora em diversos ambientes, impaciência, ações impensadas, dificuldade na tomada de decisões, humor lábil, irritabilidade e impulsividade.
Os sintomas de hiperatividade são mais comuns na infância, enquanto os sintomas de desatenção e impulsividade são mais comuns na adolescência e fase adulta.
Podemos nos deparar com comorbidades associadas ao TDAH, como TOD (transtorno opositor desafiador), transtorno de conduta, depressão, transtornos de ansiedade, TEA (transtorno do espectro autista), entre outros.
O diagnóstico do TDAH é realizado com base em critérios, anamnese e história clínica. Não são necessários exames para confirmação diagnóstica, mas podem ser solicitados para descartar outras causas.
O acompanhamento deve ser multidisciplinar, envolvendo psicólogo, psiquiatra, psicopedagoga e pediatra.
Algumas ações e mudanças costumam ajudar, como um ambiente de estudo com poucos fatores de distração e rotinas previsíveis. Os familiares devem ser orientados sobre estratégias que facilitem a organização e o planejamento.
O apoio e envolvimento da escola é essencial para a criança ou adolescente com TDAH. A sala de aula deve ser bem estruturada e o ambiente saudável e acolhedor. De preferência colocar a criança em locais com pouca distração durante as aulas.
Além disso, em muitos casos pode ser necessário o uso de medicações. Os psicoestimulantes são conhecidos como primeira linha de tratamento para o TDAH. Como exemplos podemos citar a ritalina (metilfenidato) e o venvanse (lisdexanfetamina).
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